Estranha. É assim que tenho andado nos últimos dias. Não consigo explicar porquê, mas não tenho paciência para escrever no blog. Dá-me seca...
Ando impaciente e ansiosa e não sei porquê. Tenho aquele nó na garganta, como se algo estivesse prestes a acontecer, mas não sei porque ando assim, nem sei o que poderia eventualmente acontecer. Bem, se calhar até sei... ou talvez não...
Sinto-me num labirinto, sem saber por onde ir, sem saber para que lado fica a saída.
Sinto-me estranha sem saber o que fazer, pensar, sentir.

Aqui fica um poema que expressa bem o que sinto...

Tudo o que faço ou medito
Fica sempre na metade.
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.

Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica,
E eu sou um mar de sargaço.

Fernando Pessoa